sábado, 3 de novembro de 2012

Cosmópolis



O filme Cosmópolis, dirigido por David Cronenberg, mostra um dia tumultuado na cidade de Nova Yorque.

A visita do Presidente dos Estados Unidos, o ataque a pessoas importantes no mundo financeiro, a morte e o cortejo fúnebre de um cantor que influenciou inúmeras pessoas... tudo isso nas ruas da cidade que nunca dorme e que tem um tráfego intenso no seu dia a dia faz com que o transito fique caótico.

Mesmo assim o visionário e bilionário Eric Parker (Robert Patinson), mantem a decisão de atravessar a cidade para cortar o cabelo com Antony. Toda esta obsessão pelo desnecessário corte de cabelo com um barbeiro específico é explicada ao longo do filme.

Com breves paradas, o filme é realizado basicamente dentro da enorme limosine branca do bilionário, recem-casado com uma jovem insosa herdeira de uma das maiores fortunas da cidade.

O medo da morte, a busca pelo controle de todos as informações, as relações com mulheres que se submetem e se transformam em objetos descartáveis, a insensibilidade diante de grande parte do sofrimento alheio, a busca pela realização de um desejo - ainda que o risco de morte esteja cada vez mais claro... tudo isso e muito mais marca o humor do protagonista, frustrado por não conseguir prever a flutuação de uma moeda na qual ele havia feito investimentos astronômicos.

Não é nem de longe meu filme prefileto, mas me fez parar para pensar sobre inúmeras coisas.

Forte, intenso, e um pouco cansativo o filme é interessante pelos questionamentos que levanta sobre o valor do dinhero, sobre a escassez do tempo, sobre a exploração do trabalho de uma forma cada vez mais comum, sobre a importância da família, sobre o futuro que aguarda esta geração.


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