A Páscoa é um momento que nos convida à reflexão. Envolve dias que podemos nos recolher para pensar em nossas escolhas passadas e delinear aquelas que faremos daqui para frente.
Parar. Sair do piloto automático. Perceber que podemos e devemos escolher. Notar que a vida é feita de escolhas. Todos os dias. O dia todo.
E as escolhas conscientes, sejam elas aquelas que mudam os rumos de nossas vidas, ou aquelas que tomamos todos os dias, sobre as coisas do dia-a-dia, são uma das coisas mais valiosas que podemos realizar.
Há alguns anos Fabiano Moraes, meu querido mestre na Arte de Contar Histórias, nos brindou com um belo texto sobre uma bela tradição de grupos indígenas da América do Norte.
Segundo a referida tradição, cada pessoa deveria confeccionar o seu cesto, lugar aonde depositaria tudo aquilo que considerasse importante, tudo aquilo que pudesse e quisesse carregar.
Ainda naquelas tribos cada oca apresentava um cesto na lateral do espaço de entrada. O visitante, ao chegar na oca de destino, deveria "arranhar o couro" com a sua unha (o que seria uma espécie de "tocar a campainha"), e aguardar.
Caso fosse recebido, o visitante deveria deixar do lado de fora o seu cesto e as suas armas o que, simbolicamente o fazia deixar também as suas queixas e as suas lamúrias. Lá dentro, no espaço sagrado do visitado, seriam então, compartilhados momentos preciosos.
Que nesta Páscoa cada um de nós possa parar, refletir e escolher o que vai querer carregar em seu precioso cesto e com quais pessoas vai escolher compartilhar as suas preciosidades.
Muito Obrigada Fabiano Moraes (http://www.rodadehistorias.com.br/), pelos preciosos momentos divididos no espaço sagrado da Tapete Mágico em 2007, bem como pelos seus encantadores ensinamentos, agora também compartilhados com os leitores deste Blog!
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