segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Caderno de Viagem de Jean-Baptiste Debret

Em 26 de março de 1916 Jean-Baptiste Debret chegou ao Brasil, junto à missão francesa, a convite de Joachim Lebreton.

Impulsionado por razões pessoais como o exílio de Napoleão Bonaparte, seu patrono; o abandono de sua mulher; e a morte se seu único filho; Debret aceitou embarcar nesta aventura, a bordo do brigue de nome Calpe.

Durante a sua estada no referido país, que durou até julho de 1831, o artista registrou algumas de suas impressões em seu carnet através da elaboração de desenhos e aquarelas.

As aquarelas e os desenhos de Debret, realizados no Rio de Janeiro, foram marcados pela rapidez tanto na elaboração quanto na secagem dos registros, em contraposição às obras fortemente permeadas pelo estilo neoclássico que, até então, havia marcado as suas obras realizadas na Europa, por influência de seu mestre (e primo) Jacques-Louis David.

Bela fonte de informações, o carnet - que foi redescoberto depois de mais de um século de esquecimento na Biblioteca Nacional de Paris - pode tornar o estudo de História do Brasil mais interessante e mais concreto.

As cores, as texturas e os movimentos ali representados nos transportam em uma deliciosa viagem pelo tempo, a um momento histórico em que relevantes e intensas transformações marcaram o Brasil, desencadeadas principalmente pela chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro.


Caderno de Viagem de Jean-Baptiste Debret
Texto e organização: Julio Bandeira
Editora: Sextante
Ano: 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário