segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ciranda Cultural - Infância e Direitos Humanos




Em 2008 criei e implementei o Projeto de Extensão intitulado Ciranda Cultural, cuja proposta partia da idéia do ensino do Direito a partir de elementos não jurídicos.

No primeiro ciclo do Projeto de Extensão, que teve por tema Infância e Direitos Humanos, diversos debates partiram de questões apresentadas por livros como Cidadão de Papel, do brasileiro Gilberto Dimenstein, Flor do Deserto, da somali Waris Dirie e Persépolis, da iraniana Marjane Satrapi.

Alguns Cuta-Metragens como os belos Tanza e Song Song e a Gatinha também serviram como material de apoio deste processo de ensino-aprendizagem de Direitos Humanos.

Ao final do ciclo de encontros do Ciranda Cultural - Infância e Direitos Humanos, abri espaço para que os aprendizes relatassem o que mais tinha marcado cada um deles nesta nova experiência de do processo de ensino-aprendizagem de Direitos Humanos. Diversos aprendizes registraram, por exemplo, que:

(i) passaram a se interessar mais por leitura;
(ii) passaram a olhar os Direitos Humanos com outros olhos (abandonando o preconceito e construindo um conceito);
(iii) passaram a perceber a necessidade de realização de atividades de Capital Cultural;
(iv) começaram a fazer passeios com amigos e familiares prestando mais atenção aos detalhes e à carga cultural e artística;
(v) perceberam que a Arte pode ser vista como algo que acrescenta, e não apenas como mero entretenimento;
(vi) passaram a dar valor para diversas coisas, como à educação (em sentido amplo), à família, à sociedade, à arte e à cultura;
(vii) acharam interessante a convivência de alunos de diversos períodos em um mesmo espaço – perceberam uma rica troca de conhecimento;
(viii) gostaram de ter um espaço aonde podem falar e participar mais;
(ix) destacaram o valor de saber ouvir o outro e respeitar a opinião deste, bem como de perceber que existem várias imagens e concepções do mesmo mundo;
(x) começaram a perceber que é necessário desenvolver uma visão mais global e a adotar uma postura que saia do comodismo e do individualismo;
(xi) perceberam que há questões que interligam a esfera local, regional e global;
(xii) perceberam uma “expansão informativa” dos seus saberes e do seu conhecimento – algo que consideram importante para saberem lidar com a diversidade;
(xiii) perceberam que precisam sair só da teoria e começar a aplicar o aprendizado que constroem no dia-a-dia;
(xiv) se perceberam mais sensíveis, mais tolerantes, mais participativos, mais reflexivos após as aulas;
(xv) perceberam que a sua mudança pessoal também acabou por causar reflexos em pessoas com que convivem; e
(xvi) destacaram, como uma das principais mudanças, o desenvolvimento de um olhar mais atento, mais sensível e mais crítico ao mundo ao seu redor.

Esta foi uma experiência inovadora e inspiradora!

Fiquei encantada com as mudanças promovidas nas pessoas envolvidas neste Projeto de Extensão.

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